terça-feira, 14 de junho de 2011

Por que dificilmente dizemos o que queremos dizer? Na maioria das vezes achamos formas distorcidas de expressar nossa vontade. Talvez seja porque, na maioria das vezes, nós realmente não saibamos o que queremos. Se algo nos incomoda, e não conseguimos dizer ao certo qual o motivo do incomodo (que quase sempre tem origem interna), começamos a culpar as coisas externas, dizendo: - A culpa é de fulano de tal; ou, não raramente: - Se eu tivesse aquilo, ou alcançasse aquilo outro, talvez eu fosse mais feliz. Soubéssemos nós que a origem da maioria dos nossos males é interna, e sofreríamos menos. Atinássemos para o fato de que as soluções para os nossos problemas estão, boa parte das vezes, na mudança de atitude, e tudo se tornaria mais agradável. As soluções externas são como miragens no deserto, de longe parecem que saciarão nossa sede; mas, assim que alcançamos as tais soluções, um vazio enorme nos preenche. Dizemos: - Quando eu tiver um carro, meus problemas se resolverão, não terei mais de pedir carona, nem depender dos outros. Passado o tempo, consegue-se o carro, mas, os problemas não se acabam, apenas se renovam. Agora, não basta mais ter o carro alcançado, busca-se mudar o modelo, conquistar um veículo mais moderno, e assim, os problemas vão ganhando nova forma, sem terem uma solução definitiva. Entretanto, quando mudamos o nosso interior, quando encontramos as soluções na mudança do nosso modo de agir, percebemos que a felicidade não é um bem a ser alcançado, deveras, é uma forma de se encarar os acontecimentos no decorrer de nossa existência. (Rafael Costa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário