quarta-feira, 15 de junho de 2011

É fácil falar dos outros. Apontar o dedo e criticar. Difícil, é olhar no espelho e perceber que também temos defeitos. Que, muitas das vezes, precisamos de mais ajuda do que o ser criticado. Nas Escrituras Sagradas, encontramos: “Tira primeira a trave do seu olho, para depois tirar o graveto do olho do seu irmão”. Contudo, na maioria das vezes, não tiramos a trave do nosso olho, e, se não bastasse, usamos a trave para apontar os erros do outro. Tirássemos a trave, e caminhar se tornaria bem mais fácil. Acho que temos medo da vulnerabilidade, desprovidos de algo para a nossa defesa, por isso mantemos a trave em nossas mãos, mesmo depois de tirada dos olhos, ela acaba servindo de proteção. Atitude equivocada, mas normalmente é a que assumimos. Retirar a trave e usá-la para o nosso crescimento seria bem melhor. Talvez utiliza-la para vencer um obstáculo, como num salto com vara. Fosse assim, e tudo seria bem mais fácil. O usual é descobrimos nossos defeitos, guardando-os para nós mesmo, para, num momentos de perigo, aponta-los nos outros, como se não fossem nossos. Da mesma forma que uma criança, após ter sido pega fazendo uma travessura, aponta para seu amigo (quem nem sabia da traquinagem) e fala: - foi ele mamãe, a culpa é toda dele. Analisássemos mais as nossas atitudes, e perceberíamos que, quase sempre, agimos como esse garoto. Sabemos dos nossos defeitos, dos nossos equívocos, mas, temos medo de assumir a culpa, jogando-a para o externo. É normal escutarmos: - a culpa é toda dele, se ele fosse mais atencioso, estaríamos bem melhor; ou: - a prova estava muito difícil, por isso tirei nota baixa, esse professor não tem pena da gente. Será que realmente a culpa é do outro? Ou temos medo de assumir nossos equívocos, nossas falhas? Sei que temos de aprender a nos olhar, descobrir as traves em nossos olhos, tirá-las, e utilizá-las para o nosso crescimento. (Rafael Costa)

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