O discípulo perguntou para seu mestre qual era a música mais bonita do mundo. O mestre, com um belo sorriso no rosto, olhou para seu discípulo e pediu – lhe que encostasse sua orelha no lado esquerdo do seu peito. O discípulo, atendendo ao pedido do mestre, escutou: TRUMTRUM! TRUMTRUM! O discípulo, assustado, então, falou: - mas esses sons são apenas as batidas do coração do senhor. O mestre, entendendo a falta de visão do discípulo, explicou – lhe: - essas simples batidas representam a grande harmonia da vida. (Rafael Costa)
terça-feira, 31 de maio de 2011
A linda Lua
A linda lua
Luzia no céu estrelado
Iluminando um espetáculo
Num palco armado.
Trazia luz
Para um casal apaixonado
Que estava ali sentado
Num belo gramado.
Era a única testemunha
Que sem nenhuma intenção
Provocava a sensação
De não escuridão.
Os parceiros não a notavam
Pois se entrelaçavam
Numa dança perfeita
De duas silhuetas.
A Lua olhava
Mas não entendia
Bonita como estava
Ser rejeitada, não podia.
(Rafael Costa)
A linda lua
Luzia no céu estrelado
Iluminando um espetáculo
Num palco armado.
Trazia luz
Para um casal apaixonado
Que estava ali sentado
Num belo gramado.
Era a única testemunha
Que sem nenhuma intenção
Provocava a sensação
De não escuridão.
Os parceiros não a notavam
Pois se entrelaçavam
Numa dança perfeita
De duas silhuetas.
A Lua olhava
Mas não entendia
Bonita como estava
Ser rejeitada, não podia.
(Rafael Costa)
sábado, 28 de maio de 2011
Que nada, levanta, sacode a poeira e segue em frente. O chão que nos derruba, é o mesmo que nos levanta. Quando menos esperamos, quando estamos na pior, de cabeça baixa, a vida vem e nos surpreende. Algo de bom acontece, e tudo muda de cor, ganha sentido. Não importa o tempo que esperamos para isso acontecer, podem ser anos, meses, dias, até horas. Não importa. O que importa é que a vida sempre nos surpreende. É puro movimento, constante mudança. Sempre existe algo de bom para acontecer. Que nada, levanta, sacode a poeira e segue em frente. (Rafael Costa)
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Ouviam-se gritos. Alguns diziam: Soltem-no. Outros choravam copiosamente. A escuridão tomava conta do lugar. O pedaço de madeira que Ele trazia em suas costas foi deitado no chão. Colocaram seu corpo, todo marcado pelo sofrimento, sobre a madeira. Pregos transpassaram os seus punhos e pés. A cada batida da pedra sobre o prego ouviam-se os gritos desesperados de uma mulher que se encontrava na multidão. A cruz foi erguida. O céu que estava escuro ficou mais negro. Lágrimas cobriam o chão. Uma forte chuva se aproximava. Raios cortavam as nuvens. Um deles caiu por trás da cruz. Aquele pequeno instante de claridade revelou a crueldade que havia sido feita a um Homem que só fez coisas boas. Um silêncio tomou conta do local. Só se ouvia o barulho dos trovões. Aquele momento ficou gravado na memória daquelas pessoas e de suas descendências até os dias de hoje. Mesmo assim o mesmo Homem é crucificado todos os dias. Ele perambula pelas ruas sem ter onde morar. Busca seu alimento em latas de lixo. É abandonado aos cuidas de estranhos quando atinge idade avançada. Passa por inúmeras crueldades. (Rafael Costa)
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Sentimentos
Dor! Não há espaço pra ti em meu peito.
Com todo respeito, vá embora!
Procura outro lugar onde possas habitar.
Esse, não te pertence mais.
Medo! Que fazes aqui ainda?
Já lhe disse que você é passado.
A coragem tomou o seu lugar.
Sofrimento! Por favor, sua irmã já se foi.
Dessa forma, não me perturbe.
Faça sua mala e segue-a.
Saudade! Sei que suas intenções são boas.
Mas, mesmo assim, não te quero.
Você me faz chorar.
Alegria! Tu que é o remédio momentâneo da dor.
Fica um pouco, mesmo que não se demore, não tenha pressa.
Seja intensa enquanto estiver aqui.
Felicidade! É você quem busco a todo instante.
Em cada segundo, observo, para ver se te encontro.
Não fujas de mim.
Dá-me uma pista de sua localização.
Eu! Fica aqui. Sem você não sei quem sou.
Não sinta dor de ser o que é.
Não tenha medo de se mostrar.
Não sofra com a opinião dos outros.
Não deixe a saudade te imobilizar.
Usa a alegria como remédio.
E busca a felicidade até encontrar.
(Rafael Costa)
Dor! Não há espaço pra ti em meu peito.
Com todo respeito, vá embora!
Procura outro lugar onde possas habitar.
Esse, não te pertence mais.
Medo! Que fazes aqui ainda?
Já lhe disse que você é passado.
A coragem tomou o seu lugar.
Sofrimento! Por favor, sua irmã já se foi.
Dessa forma, não me perturbe.
Faça sua mala e segue-a.
Saudade! Sei que suas intenções são boas.
Mas, mesmo assim, não te quero.
Você me faz chorar.
Alegria! Tu que é o remédio momentâneo da dor.
Fica um pouco, mesmo que não se demore, não tenha pressa.
Seja intensa enquanto estiver aqui.
Felicidade! É você quem busco a todo instante.
Em cada segundo, observo, para ver se te encontro.
Não fujas de mim.
Dá-me uma pista de sua localização.
Eu! Fica aqui. Sem você não sei quem sou.
Não sinta dor de ser o que é.
Não tenha medo de se mostrar.
Não sofra com a opinião dos outros.
Não deixe a saudade te imobilizar.
Usa a alegria como remédio.
E busca a felicidade até encontrar.
(Rafael Costa)
Ao contrário do que pensamos, nada é por acaso. As emoções são vividas e sentidas com um intuito, o nosso crescimento. Sentir dor, à primeira vista, parece ruim. Mas, o que seria da nossa saúde, se não fosse a dor sentida que nos alerta que algo está errado? A dor, despois de bem analisada, mostra-se como sendo um benefício, pois, por meio dela, temos a oportunidade de repensarmos nossos atos. Tal dor pode ser moral ou física, não importa, as duas têm o escopo de nos alertar que algo está errado, que algo deve ser mudado, tudo para o nosso crescimento, para nossa harmonia. (Rafael Costa)
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Como é bom brincar com as palavras. Dando-lhes sabor, seja adocicado, amargo ou salgado. Despertar sensações em quem, por ventura, passe a lê-las. Quem disse que a escrita é fria? Se lermos a palavra pimenta, automaticamente, sentimos o seu ardor em nosso paladar. Da mesma forma, a pronúncia da palavra seda, descortina em nosso tato, uma sensação agradável, suave, delicada. A palavra, seja ela escrita ou verbalizada, tem o poder de despertar sensações em seus leitores ou ouvintes. (Rafael Costa)
segunda-feira, 23 de maio de 2011
O amor materno alcança os dois extremos do sentimento, a felicidade e a tristeza. Quem é mais feliz do que uma mãe segurando seu filho nos braços? Da mesma forma, quem é mais triste do que uma mãe que perdeu seu filho? O amor verdadeiro se entrega por inteiro, seja na felicidade ou na tristeza. (Rafael Costa)
O poema vibra meu corpo por inteiro, mas não sai. Fica preso no meu peito. Sinto-o apertar em vontade, em desejo. Tadinho, tá preso no meu peito. Seria melhor sair. Respirar ar puro. Mas está preso em meu peito. Vibra em consonância cardíaca. Sinto-o pulsar, mas está preso em meu peito. (Rafael Costa)
Quando dei por mim, estava no meio da estrada. Na minha frente, duas opções: esquerda ou direta. Meus pés não saiam do lugar. A dúvida pairava ao redor de minha cabeça, como mosquitos em volta da luz. Pensei em jogar uma moeda, e verificar qual seria o melhor caminho a seguir. Mas, como poderia colocar meu destino num simples cair de uma moeda?! Fosse assim, e me acostumaria a entregar minhas decisões a um objeto inanimado. Pensei em voltar, traçar outros rumos. Contudo, se voltasse, talvez, quando encontrasse outra bifurcação, ficasse sem saber o que fazer, entrando num ciclo de ir e voltar. Pensei: seria mais fácil se eu soubesse voar, mas não sei. Escutei uma voz, olhei para um lado, para o outro, e nada vi. Senti algo puxando minha calça e olhei para ver quem era. Surpreso, notei a presença de uma criança. Ela me perguntou: - tio, por que você está triste? Perdeu sua mãe? Dei um sorriso, passei a mão na cabeça dele, e disse: - não meu pequeno, é que não sei qual direção tomar: esquerda ou direita. Como se fosse a coisa mais obvia do mundo, ele falou: - mas tio, por que você não perguntou para o senhor da estrada, ele está bem ali. O garoto me mostrou um senhor de barba grande, aparentando ter oitenta anos de idade, pés no chão, chapéu de palha, um pedaço de mato na boca. Tomei a mão do pequeno, e me aproximei do senhor. Boa tarde, disse ao senhor da estrada. Ele respondeu: - boa. Perguntei: - o senhor poderia me ajudar numa escolha? Olhando o horizonte, o senhor me respondeu: - se estiver ao meu alcance. Expliquei para ele que não sabia qual direção tomar. Ele, sabiamente, me respondeu: - não se preocupe meu amigo viajor, conheço todas essas estradas. Há muito tempo, encontrei-me na mesma situação que você se encontra hoje, sem saber qual direção tomar. Minha escolha foi andar nos dois sentidos, fui e voltei. Aprendi muitas coisas nos dois sentidos da estrada. Sendo assim, não se preocupe se vai para a esquerda ou para a direita, preocupe-se com o aprendizado que terá, independente de qual caminho escolher traçar. (Rafael Costa)
As pessoas entram em nossa vida, deixam um pouco de si, e partem. Não sei o número de vezes que esse ciclo se repete. Uma, duas, três vezes, não sei. O que permanece, inalterável, é a sensação de que cada uma delas, deixa um pouco de si. Seja um sorriso, uma palavra, um cheiro. Por vezes, não contentes com o que deixaram, levam um pouco de nós. Fosse uma retirada delicada, e a dor seria menor. Mas, deveras, a partida é, na maior parte das vezes, súbita. Assim, além de levarem um pouco de nós, deixam, também, saudade. São tantos os pedaços deixados e levados, que não sei mais o que é parte do meu eu, e o que é parte das pessoas que passaram. (Rafael Costa)
sábado, 21 de maio de 2011
O mundo necessita de paz. Assim como o corpo necessita de equilíbrio. Somos para o mundo, como as células são para o corpo. Uma célula cancerígena, não tratada, pode atingir todo organismo, ocasionando a morte. Da mesma forma, se um de nós não estiver em paz consigo mesmo, dificilmente o mundo ficará pacificado. Dessa maneira, temos de descobrir a paz interior, a fim de que a paz mundial se torne possível. (Rafael Costa)
Tenho saudade do tempo que deitava, tranquilo, pensando na manhã de domingo, quando íamos para a roça. Saudade de quando meu maior desafio era andar de bicicleta sem rodinhas. Quando a vontade era de comer chocolate antes do almoço. Do tempo que cafuné de mãe me fazia sentir a pessoa mais protegida do mundo. Da sensação gostosa de passar de ano. De brincar de pique-esconde. Das viagens para o litoral. Saudade de ser criança. (Rafael Costa)
Mulher, ser pleno. Sua essência se mistura com a própria vida, pois é por meio dela que a vida se faz. Ser mulher é ser várias, ser mãe, ser esposa, ser guerreira, ser o tom de harmonia da vida. Sua força é a sua delicadeza, sua suavidade. Ser mulher é ser flor, pois é dela que vem o fruto, e do fruto a semente, e da semente a possibilidade de uma nova vida. Assim, o ser mulher se refaz, se renova, sem perder a sua essência. O ser mulher não comporta definição, simplesmente é. (Rafael Costa) (Desenho de Mariana Luísa)
sexta-feira, 20 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Ser mãe não é só dar à luz. A maternidade ultrapassa os limites gestacionais. Adentra searas inaudíveis à espécie humana, olvidadas pelo seu estado de espírito. Ser mãe dispensa explicações, mostra-se em reação, gesto, olhar, carinho, perdão. É aconchego puro. Sorriso em meio a lágrimas. É toque delicado que aquieta o coração. (Rafael Costa)
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