sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ama-se tanto, que a própria ausência revela-se companheira. A distância, que se apresenta em quilômetros, transforma-se em centímetros. Ama-se tanto, que a saudade é posta na cabeceira da cama, em um porta-retratos bonito. A imagem é como se fosse a pessoa, e a pessoa é, pois está viva dentro da memoria. Ama-se tanto, que se entrega em vontade, passando a ser a própria realidade. (Rafael Costa)


O que te faz continuar? Qual a força que te move? Quando tudo parece estar errado, quando o vazio fica mais vazio, quando o chão parece estar mais perto, o que lhe renova o folego? (Rafael Costa)




O que te faz continuar? Qual a força que te move? Quando tudo parece estar errado, quando o vazio fica mais vazio, quando o chão parece estar mais perto, o que lhe renova o folego? (Rafael Costa)


A delicada voz de dizer eu te amo, sussurra em ouvidos de escutar seus encantos. (Rafael Costa)




Quer algo bonito? Pinte uma pedra de dourado. Quer algo valioso? Busca dentro de si a jazida infinita do tesouro divino. (Rafael Costa)


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Nos limites da existência, o não existir é divisor entre a vida e a morte. Mas será que deixamos de existir? A vida realmente se esvai com o falecimento do corpo? Perguntas como essas comportam múltiplas respostas, por vezes cultivadas num solo de incertezas. O que se sabe é que a dor da perda de um ente querido é deverás insuportável.

Quem fica, mergulha num oceano desconhecido, repleto de sensações que antes não foram visitadas, de dúvidas que surgem e que parecem não querer sair. O epicentro dos sentimentos passa a ser a ausência, os momentos não vividos, as palavras não ditas, os erros não perdoados. A culpa se instá-la.

Assim, para os que acreditam que depois dos limites da existência corpórea o sopro de vida se desfaz, suportar a dor da ausência torna-se insustentável. Quem a sente por esse ângulo chega à beira da loucura, pois pensa que nunca mais reencontrará o ser amado.

Por sua vez, quem, acometido pelo sentimento de perda, utiliza os óculos da esperança, suaviza a sua dor, trazendo-a para níveis suportáveis, pois entende que depois da espera o reencontro se tornará possível. Ademais, sutilmente percebe que as ligações não se desfazem, muitas das vezes se fortalecem. (Rafael Costa)