terça-feira, 21 de junho de 2011

A vida é mãe, não é madrasta. Vem o tempo, vão as dores, ficam os sabores. Pois a vida é mãe, não é madrasta. O dessabor, depurado pelo tempo, torna-se agradável ao paladar. O que passou, passa pelo crivo da consciência, deixando a sensação de aprendizado. Pois a vida é mãe, não é madrasta. (Rafael Costa)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A vontade é de ser família por inteiro. Ser avô, avó, pai, mãe, neto, até bisneto. Mas sei o meu lugar; e do meu lugar sou muitos. Sou filho, sou neto, sou sobrinho, sou primo. Sou além, pois tenho em minhas veias o sangue que me faz integrante, parte que representa o todo, sendo filho, neto, sobrinho, sendo primo. Sou saudade, pois uma parte de mim já se foi. Mas ainda sinto essa parte presente, pois sou integrante que representa o todo. Onde minha luz brilhar, brilhará, também, a minha família; e onde minha família estiver, ali, da mesma forma, estarei, pois ela é o todo que representa a parte. Sou vontade, tendo dentro de mim ou desejo de ser um só, ser família, mantendo minhas individualidades, não fosse assim, e seria qualquer outra coisa, menos família. Sou um só, sendo vários, sou saudade, vontade, sou família. (Rafael Costa)

A saudade é sempre bem vinda, pois serve de recordação das coisas boas que vivemos. Mas que não seja muito grande, a ponto de dificultar nossa caminhada. Nem pequena demais, correndo o risco de ser esquecida. Que seja do tamanho certo para ser levada no bolso esquerdo da blusa. (Rafael Costa)

Até quando teremos de perder para aprender a valorizar? Estamos tão acostumados a olhar para o que é do outro, o que é externo, que nem damos conta do que está do nosso lado. Entretanto, quando o que está perto começa a se distanciar, a sensação de perda toma conta da nossa mente, passamos a enxergar, agora distante, o que, há pouco tempo, estava bem perto. Num ato de desespero, tentamos trazer para nossa proximidade, novamente, o que havia se afastado. Algumas vezes conseguimos. Contudo, com a aproximação, de novo, relegamos o que foi recuperado ao esquecimento. Passa o tempo, e, outra vez, o que estava ao nosso alcance começa a se afastar novamente. Passemos a valorizar o que está ao nosso lado ou, com o passar do tempo, por mais que queiramos, não conseguiremos mais recuperar o que se afastou. (Rafael Costa)

Deus, que meu dia seja repleto de novos aprendizados. Que as conquistas do pretérito sirvam de esteio para as decisões do agora. Que minhas dúvidas sejam sanadas de acordo com Teus ensinamentos. Que a caridade seja o meu norte, e o amor a minha bússola. Que a minha angustia seja gota no oceano, que desaparece, insignificante, diante de Tua misericórdia. Obrigado por mais um dia que se inicia, repleto de possibilidades, cheio de oportunidades. (Rafael Costa)

O coração, dilacerado pela razão, demonstra feições pertinentes ao seu estado de espírito. Pulsa em vigor inaudito. Recolhe-se peito adentro, quase que sumindo. (Rafael Costa)

Quando a vontade é suficiente, as possibilidades se multiplicam. A dúvida queda silente. O medo desaparece. Fica apenas a vontade, suficiente a si mesma. (Rafael Costa)

domingo, 19 de junho de 2011

Querido Papai do Céu, perdoa tudo que fiz de errado. Ajuda-me a crescer em Sua direção. Dá-me forças para suportar a dor, e entender que dela posso tirar o aprendizado necessário para o meu crescimento. Penetra o mais fundo do meu ser, fazendo brilhar a Tua luz. Segura a minha mão de uma forma que nenhum obstáculo se mostre impossível de ser vencido. Transforma minhas lágrimas em um combustível poderoso, capaz de romper barreiras. Renova-me. Enche-me de Tua presença. Fortifica o elo existente entre mim e o meu semelhante, fazendo nascer a mais pura expressão do Teu amor, a caridade. Obrigado meu Pai, por Tua presença. (Rafael Costa)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Confiança. Sentimento difícil de ser construído. São poucos as pessoas em quem confio, às vezes são raras, tem horas que nem existem. Confiar não é acreditar cegamente que o outro seria incapaz de fazer algo para lhe ferir, machucar. É mais do que isso, quem confia deve ter motivos bem visíveis. A confiança não deve ser cega. Fosse assim, e o número de decepções tornar-se-ia incalculável. Confiar é saber quais são os riscos assumidos, as possíveis decepções. É conhecer o outro como a si mesmo. A confiança é um artigo valiosíssimo, e não deve ser entregue a qualquer pessoa. Confiar é ser cumplice. E ser cumplice é ser responsável. E ser responsável é ter o mesmo nível de culpa que o sujeito que quebrou a confiança. Dessa forma, antes de entregar a confiança, verifique os riscos, as possíveis decepções, assim, confiar se torna mais seguro, menos decepcionante. (Rafael Costa)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um ventinho do sudeste acalenta os batimentos cardíacos. Inebria os sentidos, deixando-os suavemente aguçados. Adentra os alvéolos pulmonares, aprofundando levemente a respiração. Toca a alma, envolvendo-a sem intenção. (Rafael Costa)

Seu coração é abrigo seguro. Vontade de entrar e não sair. Ficar quietinho, mesmo que seja no cantinho. Cobrir com uma coberta de carinhos. Dormir com um monte de beijinhos. (Rafael Costa)

Por quê? Pergunta difícil de responder. São tanto os porquês, que me perco no meio deles. Por que acordar cedo? Por que ir trabalhar? Por que seguir em frente? Tivéssemos as respostas e seria bem mais fácil, talvez errássemos menos. Olho ao meu redor, e vejo pontos de interrogação cruzando as ruas. Pessoas que, como eu, andam cheias de dúvidas, sem entender os porquês da vida. Uns não entendem o porquê de sua mãe pegar tanto em seu pé. Outros não encontram explicação para o porquê de não passarem no vestibular. Tantos outros, perdidos em si mesmo, tentam descobrir o porquê da falta de amor no mundo. Um traço liga essas pessoas, a dúvida. Buscam respostas a todo tempo. Frustram-se por não conseguir alcança-las. No mais das vezes, deixam-se levar pelo impulso, cansadas pela busca de respostas. Talvez alguns porquês nem precisem de respostas diretas. Sentimos uma motivação bem lá no peito, e isso basta. Por que uma mãe ama um filho? Um amor sem limites, difícil de ser explicado. Arrisco-me a dizer que nem a própria mãe consegue, pelos menos por enquanto, explicar. O que intriga é que nunca vi uma mãe tentando entender o porquê de amar tanto seu filho. Acho que nem precisa, ela ama e pronto. Sem explicações, sem meias nem inteiras palavras. Simplesmente ama. E é feliz assim. Ama sem porquês, sem explicações. Pode ser esse o segredo: viver sem explicações, simplesmente viver, sem porquês, sem tantas dúvidas. (Rafael Costa)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O problema do ser humano é que ele é tudo, menos humano. (Mariana Luísa/Rafael Costa)

É fácil falar dos outros. Apontar o dedo e criticar. Difícil, é olhar no espelho e perceber que também temos defeitos. Que, muitas das vezes, precisamos de mais ajuda do que o ser criticado. Nas Escrituras Sagradas, encontramos: “Tira primeira a trave do seu olho, para depois tirar o graveto do olho do seu irmão”. Contudo, na maioria das vezes, não tiramos a trave do nosso olho, e, se não bastasse, usamos a trave para apontar os erros do outro. Tirássemos a trave, e caminhar se tornaria bem mais fácil. Acho que temos medo da vulnerabilidade, desprovidos de algo para a nossa defesa, por isso mantemos a trave em nossas mãos, mesmo depois de tirada dos olhos, ela acaba servindo de proteção. Atitude equivocada, mas normalmente é a que assumimos. Retirar a trave e usá-la para o nosso crescimento seria bem melhor. Talvez utiliza-la para vencer um obstáculo, como num salto com vara. Fosse assim, e tudo seria bem mais fácil. O usual é descobrimos nossos defeitos, guardando-os para nós mesmo, para, num momentos de perigo, aponta-los nos outros, como se não fossem nossos. Da mesma forma que uma criança, após ter sido pega fazendo uma travessura, aponta para seu amigo (quem nem sabia da traquinagem) e fala: - foi ele mamãe, a culpa é toda dele. Analisássemos mais as nossas atitudes, e perceberíamos que, quase sempre, agimos como esse garoto. Sabemos dos nossos defeitos, dos nossos equívocos, mas, temos medo de assumir a culpa, jogando-a para o externo. É normal escutarmos: - a culpa é toda dele, se ele fosse mais atencioso, estaríamos bem melhor; ou: - a prova estava muito difícil, por isso tirei nota baixa, esse professor não tem pena da gente. Será que realmente a culpa é do outro? Ou temos medo de assumir nossos equívocos, nossas falhas? Sei que temos de aprender a nos olhar, descobrir as traves em nossos olhos, tirá-las, e utilizá-las para o nosso crescimento. (Rafael Costa)

Das sensações que me assustam, a que mais me apavora é a inutilidade. Sentir-me inútil enche o meu ser de vazios. Chego ao ponto de não existir mais, reinando o não ser. Passo ao isolamento. Quase absorto em mim mesmo, entrego-me à solidão. E é lá que encontro motivos para seguir em frente. Pois percebo que mais ninguém pode agir em meu favor. Sou o único combustível de minha existência. Minha vontade me governa. Os outros podem, no máximo, servir de exemplo. Nada mais que exemplos. Mas a vontade, essa tenho de encontrar dentro de mim mesmo. Alguns, imbuídos de boas intenções, acabam servindo de muletas, carregam-me por algum tempo, mas logo se cansam. Tenho de aprender a andar não só com minhas pernas, mas com todo o meu ser. Cada parte de mim é importante para a caminhada. Meus pés, pernas, braços, cabeça, tudo deve estar em harmonia. Se a cabeça quer ir para um lado, e as pernas para outro, o que acontecerá? Com certeza haverá conflito. Devo, então, buscar o equilíbrio, mente e corpo devem estar de acordo. Tenho quase certeza que o caminho não é o mais importante. O andar, o equilíbrio, a clareza de ideias têm se mostrado mais eficaz do que o próprio destino. O caminhar determina o nosso aprendizado. O caminho? Esse permanece, fica lá, do mesmo jeito, independente da sua forma de andar. Por sua vez, a maneira que os passos são dados, possibilita ou não o aprendizado. Assim, acho que, observar a forma que andamos, é a forma mais fácil de se atingir o que queremos. Mesmo que, muitas das vezes, nem nós mesmos tenhamos consciência do que realmente desejamos. E daí, o que importa é a forma que andamos, independente do destino a ser alcançado. (Rafael Costa)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Por que dificilmente dizemos o que queremos dizer? Na maioria das vezes achamos formas distorcidas de expressar nossa vontade. Talvez seja porque, na maioria das vezes, nós realmente não saibamos o que queremos. Se algo nos incomoda, e não conseguimos dizer ao certo qual o motivo do incomodo (que quase sempre tem origem interna), começamos a culpar as coisas externas, dizendo: - A culpa é de fulano de tal; ou, não raramente: - Se eu tivesse aquilo, ou alcançasse aquilo outro, talvez eu fosse mais feliz. Soubéssemos nós que a origem da maioria dos nossos males é interna, e sofreríamos menos. Atinássemos para o fato de que as soluções para os nossos problemas estão, boa parte das vezes, na mudança de atitude, e tudo se tornaria mais agradável. As soluções externas são como miragens no deserto, de longe parecem que saciarão nossa sede; mas, assim que alcançamos as tais soluções, um vazio enorme nos preenche. Dizemos: - Quando eu tiver um carro, meus problemas se resolverão, não terei mais de pedir carona, nem depender dos outros. Passado o tempo, consegue-se o carro, mas, os problemas não se acabam, apenas se renovam. Agora, não basta mais ter o carro alcançado, busca-se mudar o modelo, conquistar um veículo mais moderno, e assim, os problemas vão ganhando nova forma, sem terem uma solução definitiva. Entretanto, quando mudamos o nosso interior, quando encontramos as soluções na mudança do nosso modo de agir, percebemos que a felicidade não é um bem a ser alcançado, deveras, é uma forma de se encarar os acontecimentos no decorrer de nossa existência. (Rafael Costa)

Um pouquinho de cada coisa, e a colcha de retalhos fica pronta. Dá até para proteger do frio. (Rafael Costa)

Mão firme, que a cintura segura. Em sincronia deslizante, movimentam-se como se um só fossem. Piruetadas dadas em voltas flutuantes. Tocam o chão como se não tocassem, quase pairando. Levados pelos compassos da melodia. Seus corpos cantam cada nota tocada. Olhos fechados, pois veem com o tato, com a audição, com o olfato. Apertam-se em vontade harmoniosa. Um corpo feito para o outro. Dançam como se fossem a própria música. (Rafael Costa)

Quem disse que você não consegue? Se foi seu amigo, analise o que lhe foi dito, veja se realmente você não tem condições de realizar o que deseja. Se constatar que, realmente, não conseguirá, mude a estratégia, tente de uma forma diferente. Se foi seu inimigo, olhe com mais atenção, pois, geralmente, nossos inimigos focam os nossos pontos fracos, são precisos em detectar nossas falhas. Veja se ele tem razão. Se perceber que ele tem razão, mude seu plano, trace novas rotas, mas não deixe de tentar. Se foi você mesmo, não se importe, normalmente não conhecemos nossos potenciais, ficamos tão preocupados em olhar o que os outros são capazes de fazer, que esquecemos de analisar nossas potencialidades, deixando-as em segundo plano. Assim, não importa o que lhe disserem, sempre existirá uma forma de alcançar o objetivo. Pode ser que, no meio do caminho, você tenha de repensar a rota, analisar as possibilidades, começar novamente, não importa, você sempre terá a capacidade de conseguir, basta não desistir. (Rafael Costa)

sábado, 11 de junho de 2011

Escorre meu rosto em lágrima. Saudade que não cabe mais em si. Vontade não saciada. Toque não sentido. Amor escondido. (Rafael Costa)

Um amor bem pequeno nasce dentro de mim. Ganha forma. Cresce em vontade. Basta a si mesmo. É pura luz. (Rafael Costa)

Quero um abraço cheio de braços. Um beijo cheio de bocas. Um Olhar cheio de olhos. Uma despedida cheia de saudades. (Rafael Costa)

Amar dói. Não que o amor cause dor, longe disso. Mas, deveras, porque ainda não aprendemos como amar. (Rafael Costa)

Ventinho bom que cerca o corpo. Sensação de liberdade que inebria. Os braços estão abertos, bem longe do peito. (Rafael Costa)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

As conseqüências negativas advindas da exploração do homem pelo homem vêm se mostrando de forma acentuada. O desemprego, a miséria, a fome, configuram-se como subprodutos da busca desenfreada por lucros cada vez maiores por parte de uma minoria privilegiada. Quem se encontra desprovido de capital neste mar de desigualdades, onde o dinheiro determina quem serão os vencedores, dificilmente conseguirá sobreviver. Nas águas capitalistas, a quantidade de barcos é pequena, só os mais fortes conseguem subir nas embarcações do progresso. O restante, a maioria, desprovida de equipamentos, luta para não submergir. Alguns conseguem se agarrar aos barcos, outros desistem e se entregam aos abismos oceânicos. Muitos encontram ilhas cheias de perigo, mas, sem outras opções, ali mesmo fixam moradia. Com o passar do tempo os moradores das ilhotas começam a construir balsas, visivelmente mais frágeis do que os robustos meios de transporte ocupados pela classe distinta. Mesmo assim, enfrentando todas as dificuldades, os ilhéus lançam-se ao mar. Ao se sentirem ameaçados pelos novos aventureiros, a pequena parcela que detém o domínio do oceano cria mecanismos que visam reter o avanço dos audaciosos aventureiros que gritam pelo seu espaço. Um dos meios de controle instituído foi a penitenciária, estabelecimento onde a população insular é jogada e rotulada como lixo. Quem passa pelo cárcere fica marcado pelo resto de sua vida. Enquanto isso, em lugar seguro, a ínfima tripulação dos primeiros barcos leva a rotina como se nada estivesse acontecendo. (Rafael Costa)

Se ficar mais apertado, vai sumir. Melhor crescer, assim passa a ser só ele. (Rafael Costa)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Para a insônia, uma bela dose de sono. (Rafael Costa)

Escrever. Tremer. Gemer. E o texto sai como se fosse um gozo. Sai prontinho. Escrever. Tremer. Gemer. (Mariana Scavello/Rafael Costa)

Perdemos muito tempo esperando estímulos externos. Normalmente, pautamos nossas ações, de acordo com as atitudes do próximo. É comum escutar: não vou ligar, ela não me ligou; ou: a culpa é sua, nunca me deu atenção, acabei te traindo. O externo ocupou o lugar do interno. Analisar os próprios atos, deveras, está fora de moda. Poucos, se não raros, desenvolveram uma capacidade de autoanálise. Raríssimas vezes, escutamos essas palavras: vou ligar para ela, deve ter acontecido alguma coisa, pode estar sem crédito, por isso ainda não me ligou; ou: ela não está me dando atenção, será que fiz algo que a magoou? Trazer a responsabilidade dos acontecimentos para si não é uma tarefa fácil. Mas, com o passar do tempo, percebemos que, na maior parte das vezes, a culpa era nossa, e não do outro. (Rafael Costa)

Quero um amor novo, não um novo amor. Um amor renovado, renascido. Uma relação verdadeiramente íntima. A quatro mãos lapidada, entre lágrimas e risadas. Um amor que não me tire o folego, mas que me ajude a respirar, respeitando o meu espaço, os meus metros cúbicos de oxigênio. Alguém que segure minhas mãos, sem apertá-las muito. Que me corrija quando estiver errado, mas que elogie os meus acertos. Nem precisa ser com palavras, basta um olhar, um toque, um sorriso. Não quero alguém que me compreenda, mas que nos compreenda. Posto que não somos um, somos dois em sintonia. Mantendo cada um as suas individualidades, suas vontades. Não quero um novo amor, quero um amor novo. (Rafael Costa)

Sensação boa. Olhar aquele serzinho, pequeno, frágil. Parece que já o conheço há muito tempo. Seu choro soa agradável aos meus ouvidos. Contagia a todos que o observam. Difícil conter as lágrimas. Quanta alegria. É a vida que se renova, e se faz nova. (Rafael Costa)

Tudo começou quando se deu início ao começo. Mas, onde fica o começo do começo? E o fim do começo, onde se encontra? Se o começo tem fim, será que existe fim depois do fim do começo? Se não existe fim depois do fim do começo, onde acaba a história? Onde começa o fim? Se existe começo, existe também um fim antes do começo do fim? Pois nada começa de novo sem antes ter acabado. E nada acaba sem antes ter começado. Então, todo começo tem um fim e todo fim tem um começo. (Rafael Costa)

Estou aflito. Não sei mais o que fazer. Já tentei de tudo. Até carrancudo eu já fiquei. Fiz careta. Dei gargalhada. Arrisquei, inclusive, uma piada. Onde será que errei? Tenho certeza que ficou tudo a gosto do freguês. Contei história. Tirei um coelho da cartola. Onde foi que eu errei? Se eu fiz tudo a gosto do freguês? (Rafael Costa)

Corri. Corri tão rápido que nem eu mesmo conseguia me alcançar. Corri tão rápido que não pude me deixar levar. Cheguei ao ponto de me gritar para ir mais de vagar. Não pude ouvir, pois corria tão rápido que nem a sola do meu sapato chegava o solo tocar. Alguns pensavam que eu estava a voar; e, então, começaram a me gritar. Gritaram tão alto que o mundo inteiro poderia escutar. Gritaram tão alto para eu não continuar, que cheguei a pensar em parar e observar. Mas eu não podia deixar de correr, disso dependia o meu viver. Eu corria, corria, mas nada conseguia, além de uma agonia, que me impedia de encontrar a alegria. Então eu diminuía a velocidade, tentando encontrar de verdade, alguém com o coração cheio de bondade que me pudesse ajudar a parar. Certo dia, depois de tanta agonia, uma moça me deu bom dia. Eu, com o rosto cheio de alegria, parei pra conversar. Ela não parava de me olhar, para disfarçar minha timidez, perguntei logo de uma vez: - você quer me acompanhar? Ela, com um belo sorriso no olhar, tentou desconversar. Mas eu percebi que era só disfarce; e, se eu a puxasse, logo ela viria sem caso criar. Mas, dessa vez eu não corria. Eu tinha alguém do meu lado que me trazia alegria; e me enchia de energia para a vida continuar, e nunca mais parar. (Rafael Costa)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Meu corpo inteiro é saudade, vontade e desejo. A ausência tem sido minha companheira. O coração acelera, quase sai pela boca. As pernas não param quietas. O corpo todo é saudade, vontade e desejo. (Rafael Costa)

Será que não deu certo? Por quantos ângulos você olhou? Saia dos rótulos, das coisas pré-estabelecidas. A vida é mais dinâmica do que parece. A dor de hoje, pode ser o que te fará forte amanhã. Assim, você verá que tudo tem o seu motivo. Sempre podemos aprender com as coisas que nos acontecem, sejam elas boas ou ruins. (Rafael Costa)

Deixe acontecer. Para que a pressa? Existe o momento certo para cada coisa; e uma coisa certa para cada momento. Aproveite tudo que está ao seu alcance, sejam as coisas boas ou ruins, podemos crescer com todas elas. (Rafael Costa)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Nossa reforma íntima é como a reforma de uma casa. No começo fica tudo bagunçado, móveis para um lato, objetos para outro, nem dá para andar direito dentro da casa. Até que, com o passar do tempo, tudo volta ao seu lugar; e a casa, assim como nosso interior, fica agradável, bonita de se ver e de se habitar. (Marcela Lemer/Rafael Costa)

Nada é por acaso, porque são frutos de nossas ações. (Marcela Lemer/Rafael Costa)

Quando alguém, ao ser questionado como está, disser: tudo indo. Não fique com pena dele, olhe pelo lado positivo, melhor indo do que parado. (Nathy Costa/Rafael Costa)

Um toque, um cheiro, um desejo. Vontade que transborda, não cabendo mais em si. Distância que não separa, intensifica. Saudade que tempera, modificando, por vezes, o prato principal. (Rafael Costa)

O amor é como o mar, que vai e vem, levando e trazendo o que nos faz bem. (Rafael Costa)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

E de repente a agulha, gelada e prateada, penetrando na minha pele e levando embora meu liquido vital. Cada gota saída deixava em meu corpo um calafrio insuportável. A vontade que tinha era de gritar, mas o medo de me mover me deixava imóvel. A enfermeira sorridente, prometendo a ausência de uma dor presente, destoava da minha feição de angustia. Era quase que uma cena teatral, duas máscaras: uma de alegria, com um belo sorriso; e a minha, triste, sentindo muita dor. E não parava, ela castigava. A agulha penetrava e sugava. Sugava e ria. Debochava, demorava e doía. Que agonia! Quando seria o fim de minha dor? Ouvi a enfermeira dizer: “Pronto, não doeu nada!”. Que raiva, não doeu porque não foi no braço dela. Olhei pro pequeno potinho que, rebolando, ela levava embora. Tanto sofrimento pra tirar tão pouco sangue. A dor latejava, mas a raiva dava lugar à vergonha. Enquanto eu saía da sala todos me olhavam. Será que gritei assim tão alto? Não sei. Só sei que doía. Pobre do meu braço. Todo marcado. Queria ver se tivesse sido no braço dela. Aposto que não ia ter aquele rebolado. (Mariana Scavello/Rafael Costa)

O futuro é agora. Não é algo que está para acontecer. Não tem começo. É uma constante. Não muda. Não termina. Apenas existe. É sempiterno. O futuro tem como elemento formador de sua essência o presente. Ele é construído a cada momento. A cada instante. Sempre é previsível, pois basta prestar atenção para enxergá-lo. Ele não está longe. Está perto. Está dentro de cada um de nós. Nós o construímos. O planejamos. Sendo assim, para se ter um futuro melhor, basta que olhemos para o presente. Que cuidemos das nossas atitudes. Das nossas escolhas. Em busca de uma vida cada vez melhor. Não uma vida futura, mas uma vida presente. (Rafael Costa)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Gritou. Gritou tão alto. Gritou tão alto que o mundo inteiro poderia escutá-lo. Gritou tão alto que o mundo inteiro poderia escutá-lo, mas ninguém deu atenção àquele grito tão alto que o mundo inteiro poderia escutar. Então, refletindo, ele foi para casa. Chegou à conclusão que seu grito era para o coração e não para o mundo inteiro escutar. (Rafael Costa)

A cada passo, a cada sorriso, a cada abraço, aprendi o valor do momento presente. A cada briga, a cada desentendimento, a cada descompasso, aprendi o valor da reconciliação. A cada minuto longe de ti, a cada quilômetro que nos afasta, aprendi o valor do reencontro. A cada lágrima derramada, aprendi o valor do sorriso. A cada momento presente, a cada reconciliação, a cada reencontro, a cada sorriso, aprendi amar você. (Rafael Costa)