quarta-feira, 8 de junho de 2011

Corri. Corri tão rápido que nem eu mesmo conseguia me alcançar. Corri tão rápido que não pude me deixar levar. Cheguei ao ponto de me gritar para ir mais de vagar. Não pude ouvir, pois corria tão rápido que nem a sola do meu sapato chegava o solo tocar. Alguns pensavam que eu estava a voar; e, então, começaram a me gritar. Gritaram tão alto que o mundo inteiro poderia escutar. Gritaram tão alto para eu não continuar, que cheguei a pensar em parar e observar. Mas eu não podia deixar de correr, disso dependia o meu viver. Eu corria, corria, mas nada conseguia, além de uma agonia, que me impedia de encontrar a alegria. Então eu diminuía a velocidade, tentando encontrar de verdade, alguém com o coração cheio de bondade que me pudesse ajudar a parar. Certo dia, depois de tanta agonia, uma moça me deu bom dia. Eu, com o rosto cheio de alegria, parei pra conversar. Ela não parava de me olhar, para disfarçar minha timidez, perguntei logo de uma vez: - você quer me acompanhar? Ela, com um belo sorriso no olhar, tentou desconversar. Mas eu percebi que era só disfarce; e, se eu a puxasse, logo ela viria sem caso criar. Mas, dessa vez eu não corria. Eu tinha alguém do meu lado que me trazia alegria; e me enchia de energia para a vida continuar, e nunca mais parar. (Rafael Costa)

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