segunda-feira, 26 de julho de 2010


A leve brisa da saudade sentida toca meu rosto. De longe avisto a imagem de alguém que acena. O peito aperta em triste lembrança. Atormenta-me o passado. Sento-me em chão aberto, quase que caindo. A mão sustenta a cabeça que em meneio se abaixa. Uma lágrima escorre o rosto. Desnudo, encontro-me. Escorre-me a gota pelo corpo inteiro. Desvenda-me os sentidos. Ponho-me de pé. E olho, destemido, para a imagem produzida no espelho. A saudade era de mim mesmo, e eu não sabia. (Rafael Costa)

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